sábado, 23 de maio de 2009

Palavras

E nestes dias reencontrei-me com Jorge Palma através do livro de Clara Pinto Correia "No meio do nosso caminho".
Muitas pessoas são anti Jorge Palma, mas eu até gosto do senhor. Acho que tem umas letras engraçadas. E uma das minhas frases favoritas que alguém um dia me disse está pintada na parede do meu ex-quarto em Lisboa: Que a dependência é uma besta/Que dá cabo do desejo/E a liberdade é uma maluca/Que sabe quanto vale um beijo.
E a escritora também diz umas coisas com razão, coisas que toda a gente diz para com os seus botões, mas nunca em alta voz:
* Os pobres fodem mais do que os ricos. A vida resume-se ao trabalho e a ver reality shows na tv. O tempo que têm livre não sabem fazer outra coisa. Por isso os bairros pobres é só dezenas de miúdos a correr pelas ruas fora. Os ricos têm cinema, estreias, teatros, concertos, jantares e muito mais coisas para fazer que põem essa tarefa de lado;
* Todos os casais de longa data sofrem algum tipo de interferência a dada altura do casamento. Há uma paixão avassaladora que surge numa terceira pessoa. Podem escolher por ignorá-la ou mudar a vida.
* Muitos dos casais antigos, mesmo que já não estejam enamorados, não se separam porque estão cómodos assim. Porque têm as suas rotinas e esquemas e que um sem o outro não vai funcionar. Companheirismo.
* Os homens e as mulheres, mesmo sendo da mesma espécie, hão-de ser sempre raças distintas. Eles fazem sempre os mesmos erros. Elas fazem sempre os mesmos erros. E assim há-de continuar a ser.

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