Muitas pessoas são anti Jorge Palma, mas eu até gosto do senhor. Acho que tem umas letras engraçadas. E uma das minhas frases favoritas que alguém um dia me disse está pintada na parede do meu ex-quarto em Lisboa: Que a dependência é uma besta/Que dá cabo do desejo/E a liberdade é uma maluca/Que sabe quanto vale um beijo.
E a escritora também diz umas coisas com razão, coisas que toda a gente diz para com os seus botões, mas nunca em alta voz: * Os pobres fodem mais do que os ricos. A vida resume-se ao trabalho e a ver reality shows na tv. O tempo que têm livre não sabem fazer outra coisa. Por isso os bairros pobres é só dezenas de miúdos a correr pelas ruas fora. Os ricos têm cinema, estreias, teatros, concertos, jantares e muito mais coisas para fazer que põem essa tarefa de lado; * Todos os casais de longa data sofrem algum tipo de interferência a dada altura do casamento. Há uma paixão avassaladora que surge numa terceira pessoa. Podem escolher por ignorá-la ou mudar a vida. * Muitos dos casais antigos, mesmo que já não estejam enamorados, não se separam porque estão cómodos assim. Porque têm as suas rotinas e esquemas e que um sem o outro não vai funcionar. Companheirismo. * Os homens e as mulheres, mesmo sendo da mesma espécie, hão-de ser sempre raças distintas. Eles fazem sempre os mesmos erros. Elas fazem sempre os mesmos erros. E assim há-de continuar a ser.
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